Sob o título "Vossos filhos e vossas filhas profetizarão", narra o insigne Codificador um dos mais lindos casos da coleção da Revista Espírita.
O mestre lionês inicia citando que o Sr. Alexandre Delanne, já conhecido dos leitores da Revista, tem um filho de oito anos, Gabriel, e que este a todo instante ouve falar do Espiritismo em sua família.
O mestre lionês inicia citando que o Sr. Alexandre Delanne, já conhecido dos leitores da Revista, tem um filho de oito anos, Gabriel, e que este a todo instante ouve falar do Espiritismo em sua família.
Ressalta que o garoto se iniciou cedo na Doutrina e “surpreende pela justeza com que raciocina os seus princípios”.
Mas, Kardec acrescenta que afinal de contas isto nada tem de surpreendente, “pois é apenas o eco das idéias com que foi embalado”.
Gabriel, por várias vezes assistiu às sessões mediúnicas presididas por seu pai, que as dirigia com perfeita ordem, com método e recolhimento.
Certa vez, o menino se achava em casa de um conhecido, brincando com a priminha de cinco anos e mais dois meninos, um de sete e outro de quatro anos. A senhora que residia no térreo chamou-os e ofereceu-lhes bombons e convidou-os a entrar em sua casa, ao que as crianças atenderam. Estabeleceu-se entre ela e o filho do Sr. Delanne o seguinte diálogo:
-Como te chamas, meu filho?
-Eu me chamo Gabriel, senhora.
-Que faz teu pai?
-Senhora, meu pai é espírita.
-Não conheço esta profissão.
-Mas, senhora, não é uma profissão; meu pai não é pago para isto, ele o faz com desinteresse e para fazer o bem aos homens.
-Meu rapazinho, não sei o que queres dizer...
-Como! Jamais ouvistes falar das mesas girantes?
-Então, meu amigo, bem gostaria que teu pai estivesse aqui para as fazer girar.
-É inútil, senhora, eu tenho, eu mesmo, o poder de as fazer girar.
-Então queres experimentar e me fazer ver como se procede?
-De boa vontade, senhora.
O menino e seus coleguinhas sentam-se ao redor da mesa, pondo as mãos em cima.
Gabriel faz uma evocação, em tom muito sério e com recolhimento. Para surpresa geral a mesa moveu-se e bateu com força. A pedido do menino, a dona da casa pergunta quem está ali e a mesa soletra: "Teu pai."
A senhora, muito emocionada, passa a interrogá-lo a respeito de uma carta que acabara de escrever. Pede provas de que era mesmo o pai propondo questões íntimas e todas as respostas foram corretas. As revelações foram demais e ela não consegue prosseguir, dominada pela emoção.
Kardec extrai a seguir algumas conclusões desta caso: a autenticidade, a questão da mediunidade nas crianças e a realização das palavras proféticas “vossos filhos e vossas filhas profetizarão”.
Por nosso lado surgem também algumas reflexões em torno desse lindo caso de Gabriel Delanne.
Fonte: Grupo Virtual Piauí Espírita
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Que a Paz do mestre Jesus esteja contigo!