O amor é de essência divina e por isso mesmo está presente em tudo e em todas as coisas.
Essa realidade se patenteia quando observamos filósofos e pensadores, bem como cientistas e religiosos a afirmarem que Deus está em tudo e tudo depende da forma como observamos a vida.
Com efeito, se tudo provém de Deus, naturalmente Ele se encontra presente em todas as coisas, o que nos leva a recordar o porquê de Jesus falar sempre de Deus em todas as ocasiões. Essa presença divina in totum se patenteia e leva-nos a refletir na necessidade de expandir nosso amor, enxergando a divindade sempre.
O amor para ser puro e perfeito deve se ampliar o máximo possível, e ninguém poderá, de bom grado, dizer que ama realmente, se ainda cultiva em seu proceder ódios e dissensões, dissabores e ressentimentos, provindos de uma natureza ainda imperfeita.
Nessas condições teremos princípios de amor e fraternidade, muito válidos, mas ainda estaremos muito longe do amor maior a tudo e a todos, conforme nos ensina Jesus. Aquele que ama verdadeiramente expande seu sentimento, já que o amor é um sentimento, a tudo e todos, sejam seres humanos, animais, vegetais etc.
Comum observarmos os maus tratos, violência e a rudeza conferida a animais e plantas, às vezes provindas de pessoas pelas quais estimávamos um sentimento mais aprimorado.
Se observarmos mais acuradamente a essência dos ensinos crísticos e a maneira pela qual viveram os apóstolos de Jesus, entenderemos ser esse sentimento de ternura e misericórdia, que eles projetavam aos seus irmãos em humanidade, o mesmo que cultivavam aos seres mais inferiores da criação.
É muito conhecida a história de São Francisco de Assis que, ao pregar a religião cristã, igualmente projetava seu imenso amor aos animais e à natureza como um todo, a ponto de ser considerado, por tradições religiosas, como guia espiritual dos animais.
Também tradicionalmente popular é o amor de Chico Xavier aos animais e plantas, e seu contato intenso com a natureza. As famosas reuniões realizadas na sombra do abacateiro(1), os animais de estimação durante sua vida, o amor do médium pelas flores, especialmente rosas, faziam dele um verdadeiro apóstolo de Jesus.
Narra-se que certa feita, Chico adentrou-se na sala mediúnica para psicografar, juntamente a outros médiuns que participariam do trabalho. Repentinamente adentra-se pela janela um besouro e pousa sobre a mesa. Um dos médiuns apanha o lápis para espantar, ou quem sabe tentar matar o visitante inesperado, quando Chico lhe interrompe dizendo suavemente: “Não faça isso...” E delicadamente apanha com as mãos o besouro, leva-o até a janela, solta-o para o voo e diz: “Vá com Deus...”(2). Era essa a ternura do apóstolo para com a criação, pois seu amor era completo, ou seja, não escolhia local, ser ou condição; apenas amava.
Tornaram-se muito comuns na época de Jesus os sacrifícios feitos com animais, nos quais eram, muitos, mortos a fim de serem oferecidos aos deuses do império como louvor e oferenda, o que levou Jesus a afirmar em uma das mais célebres frases dos evangelhos: “Misericórdia quero, sacrifício não”(3), referindo-se exatamente ao amor e à misericórdia a ser exercida com os seres menores da criação.
Essa virtude sublime a emanar do Criador está presente nos espíritos de escol, mas se encontra presente em qualquer um de nós, pois, a partir do momento que nos identificamos com Deus, entendemos que “de nada adianta ganhar o mundo e perder a própria alma”(4), e se o Pai fez tudo com amor, é com amor que se deve cultivar a Sua obra, para que um dia possamos dizer, como o apóstolo Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas é Jesus Cristo que vive dentro de mim”.
Eduardo Ferreira
Revista Espírita Internacional (RIE) - Junho/2010
-NOTA-
1- BACCELLI, Carlos. Chico Xavier, à sombra do abacateiro. Ed. Ideal.
2- História narrada por Divaldo Franco, na conferência de encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro, na tarde de 18/04/2010, em Brasília, Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
3- A Bíblia, evang. de Mateus, cap. 9: 11-13.
4- A Bíblia, evang. de Mateus, cap. 16:26.
Essa realidade se patenteia quando observamos filósofos e pensadores, bem como cientistas e religiosos a afirmarem que Deus está em tudo e tudo depende da forma como observamos a vida.
Com efeito, se tudo provém de Deus, naturalmente Ele se encontra presente em todas as coisas, o que nos leva a recordar o porquê de Jesus falar sempre de Deus em todas as ocasiões. Essa presença divina in totum se patenteia e leva-nos a refletir na necessidade de expandir nosso amor, enxergando a divindade sempre.
O amor para ser puro e perfeito deve se ampliar o máximo possível, e ninguém poderá, de bom grado, dizer que ama realmente, se ainda cultiva em seu proceder ódios e dissensões, dissabores e ressentimentos, provindos de uma natureza ainda imperfeita.
Nessas condições teremos princípios de amor e fraternidade, muito válidos, mas ainda estaremos muito longe do amor maior a tudo e a todos, conforme nos ensina Jesus. Aquele que ama verdadeiramente expande seu sentimento, já que o amor é um sentimento, a tudo e todos, sejam seres humanos, animais, vegetais etc.
Comum observarmos os maus tratos, violência e a rudeza conferida a animais e plantas, às vezes provindas de pessoas pelas quais estimávamos um sentimento mais aprimorado.
Se observarmos mais acuradamente a essência dos ensinos crísticos e a maneira pela qual viveram os apóstolos de Jesus, entenderemos ser esse sentimento de ternura e misericórdia, que eles projetavam aos seus irmãos em humanidade, o mesmo que cultivavam aos seres mais inferiores da criação.
É muito conhecida a história de São Francisco de Assis que, ao pregar a religião cristã, igualmente projetava seu imenso amor aos animais e à natureza como um todo, a ponto de ser considerado, por tradições religiosas, como guia espiritual dos animais.
Também tradicionalmente popular é o amor de Chico Xavier aos animais e plantas, e seu contato intenso com a natureza. As famosas reuniões realizadas na sombra do abacateiro(1), os animais de estimação durante sua vida, o amor do médium pelas flores, especialmente rosas, faziam dele um verdadeiro apóstolo de Jesus.
Narra-se que certa feita, Chico adentrou-se na sala mediúnica para psicografar, juntamente a outros médiuns que participariam do trabalho. Repentinamente adentra-se pela janela um besouro e pousa sobre a mesa. Um dos médiuns apanha o lápis para espantar, ou quem sabe tentar matar o visitante inesperado, quando Chico lhe interrompe dizendo suavemente: “Não faça isso...” E delicadamente apanha com as mãos o besouro, leva-o até a janela, solta-o para o voo e diz: “Vá com Deus...”(2). Era essa a ternura do apóstolo para com a criação, pois seu amor era completo, ou seja, não escolhia local, ser ou condição; apenas amava.
Tornaram-se muito comuns na época de Jesus os sacrifícios feitos com animais, nos quais eram, muitos, mortos a fim de serem oferecidos aos deuses do império como louvor e oferenda, o que levou Jesus a afirmar em uma das mais célebres frases dos evangelhos: “Misericórdia quero, sacrifício não”(3), referindo-se exatamente ao amor e à misericórdia a ser exercida com os seres menores da criação.
Essa virtude sublime a emanar do Criador está presente nos espíritos de escol, mas se encontra presente em qualquer um de nós, pois, a partir do momento que nos identificamos com Deus, entendemos que “de nada adianta ganhar o mundo e perder a própria alma”(4), e se o Pai fez tudo com amor, é com amor que se deve cultivar a Sua obra, para que um dia possamos dizer, como o apóstolo Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas é Jesus Cristo que vive dentro de mim”.
Eduardo Ferreira
Revista Espírita Internacional (RIE) - Junho/2010
-NOTA-
1- BACCELLI, Carlos. Chico Xavier, à sombra do abacateiro. Ed. Ideal.
2- História narrada por Divaldo Franco, na conferência de encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro, na tarde de 18/04/2010, em Brasília, Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
3- A Bíblia, evang. de Mateus, cap. 9: 11-13.
4- A Bíblia, evang. de Mateus, cap. 16:26.
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Que a Paz do mestre Jesus esteja contigo!