Semper ascendens: (1)
“De muito longe venho, em surtos milenários; vivi na luz dos sóis, vaguei por mil esferas e, preso ao turbilhão dos motos planetários, fui lodo e fui cristal, no alvor de priscas eras. Mil formas animei, nos reinos multifários: fui planta no verdor de frescas primaveras e, após desenvolver impulsos embrionários, galguei novos degraus: fui fera dentre as feras. Depois que em mim brilhou o facho da razão, fui o íncola feroz das tribos primitivas e como tal vivi, por vidas sucessivas. E sempre na espiral da eterna evolução, um dia alcançarei, em planos bem diversos, a glória de ser luz, na Luz dos universos” (2)
***
Espíritos que somos, fomos todos criados “simples e ignorantes, isto é, sem saber”, (3) devendo, através das múltiplas chances encarnatórias, conhecer a verdade e palmilhar a estrada da evolução rumo à perfeição, o que nos proporcionará “a pura e eterna felicidade”, (4) que é nossa destinação.
Jesus, há mais de dois mil anos, ensinou-nos o Mandamento do Amor, base indispensável para qualquer melhoria individual e coletiva. A seguir, com as importantes parábolas, Ele nos exemplificou quais atitudes devemos ou não tomar. E, como roteiro seguro, receita para essa escalada luminosa rumo ao progresso, legou-nos as Bem-aventuranças, verdadeiro “coração” do Sermão da Montanha: aí, nessas pérolas inigualáveis de sabedoria e doçura, encontramos, em maravilhosa simplicidade, os recursos íntimos que devemos desenvolver em nós a fim de capacitar-nos para pensar, sentir e agir no bem.
Mais tarde, em pleno século XIX, a Doutrina Espírita veio, com a permissão de Deus e sob a orientação do Cristo, recordar-nos seus ensinos, enfatizando a necessidade de que os sigamos para sermos realmente felizes, o que é o anseio de toda a Humanidade.
Assim, com esclarecimentos detalhados, é-nos sinalizada, como imprescindível, a nossa reforma íntima, único meio de alcançarmos nossas metas de júbilo e pureza. Aliás, Jesus já nos animava a encetar essa reconstrução interior, ao afirmar: “Vós sois a luz do mundo." (5) "Vós sois o sal da terra”. (6)
E nós, como estamos?
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Espíritos que somos, fomos todos criados “simples e ignorantes, isto é, sem saber”, (3) devendo, através das múltiplas chances encarnatórias, conhecer a verdade e palmilhar a estrada da evolução rumo à perfeição, o que nos proporcionará “a pura e eterna felicidade”, (4) que é nossa destinação.
Jesus, há mais de dois mil anos, ensinou-nos o Mandamento do Amor, base indispensável para qualquer melhoria individual e coletiva. A seguir, com as importantes parábolas, Ele nos exemplificou quais atitudes devemos ou não tomar. E, como roteiro seguro, receita para essa escalada luminosa rumo ao progresso, legou-nos as Bem-aventuranças, verdadeiro “coração” do Sermão da Montanha: aí, nessas pérolas inigualáveis de sabedoria e doçura, encontramos, em maravilhosa simplicidade, os recursos íntimos que devemos desenvolver em nós a fim de capacitar-nos para pensar, sentir e agir no bem.
Mais tarde, em pleno século XIX, a Doutrina Espírita veio, com a permissão de Deus e sob a orientação do Cristo, recordar-nos seus ensinos, enfatizando a necessidade de que os sigamos para sermos realmente felizes, o que é o anseio de toda a Humanidade.
Assim, com esclarecimentos detalhados, é-nos sinalizada, como imprescindível, a nossa reforma íntima, único meio de alcançarmos nossas metas de júbilo e pureza. Aliás, Jesus já nos animava a encetar essa reconstrução interior, ao afirmar: “Vós sois a luz do mundo." (5) "Vós sois o sal da terra”. (6)
E nós, como estamos?
Apesar de todas essas informações, de todos esses avisos, muitos de nós ainda estamos claudicantes nesse mister, às vezes até caminhando invigilantes, descuidados, esquecendo que, embora o progresso seja uma lei divina, nós somos seres inteligentes: “o princípio inteligente do Universo”, (7) capazes de alcançar patamares evolutivos superiores, mais ou menos rapidamente, conforme o uso que façamos de nosso livre-arbítrio.
Por que é tão difícil praticarmos com autenticidade a Lei de Amor?
Por que é tão difícil praticarmos com autenticidade a Lei de Amor?
Para algumas pessoas, a palavra “amor” encerra tanta grandeza, tanta sensação de incomensurável, que não raro se sentem esmagadas” e incompetentes ante esse peso, praticamente desistindo dessa inadiável empreitada.
Todos nós precisamos entender que “reformar” significa “novamente dar forma a alguma coisa”, “modificá-la para melhor”, e, porque não, “retocá-la”, “embelezá-la”... É higienizarmos nosso interior, sanando-o de miasmas pestilenciais, eliminando sombras persistentes, as quais, desavisadamente, permitimos que nos invadissem, e que insistem em querer ocultar a luz da verdade que irá nos libertar.
Um bom amigo nosso (Milton Menezes), em suas explanações em tarefas espíritas, costuma alertar a seus ouvintes de que, se não nos achamos aptos ainda a cultivar o amor incondicional, devemos dedicar-nos corajosa e persistentemente a semear e cultivar os “filhotes do amor” (respeito, paciência, tolerância, humildade, simplicidade etc.).
Desse modo, embora enfrentando numerosas dificuldades individuais, iremos paulatinamente eliminando erros e edificando virtudes, as quais nos levarão ao Amor Incondicional, semelhante ao de Jesus.
Todos nós precisamos entender que “reformar” significa “novamente dar forma a alguma coisa”, “modificá-la para melhor”, e, porque não, “retocá-la”, “embelezá-la”... É higienizarmos nosso interior, sanando-o de miasmas pestilenciais, eliminando sombras persistentes, as quais, desavisadamente, permitimos que nos invadissem, e que insistem em querer ocultar a luz da verdade que irá nos libertar.
Um bom amigo nosso (Milton Menezes), em suas explanações em tarefas espíritas, costuma alertar a seus ouvintes de que, se não nos achamos aptos ainda a cultivar o amor incondicional, devemos dedicar-nos corajosa e persistentemente a semear e cultivar os “filhotes do amor” (respeito, paciência, tolerância, humildade, simplicidade etc.).
Desse modo, embora enfrentando numerosas dificuldades individuais, iremos paulatinamente eliminando erros e edificando virtudes, as quais nos levarão ao Amor Incondicional, semelhante ao de Jesus.
Por conseguinte, ouçamos a voz de Jesus em nós, e, com perseverança, anulemos conscientemente os adornos enganosos do Homem Velho, que nos cerceiam a evolução, e dediquemo-nos a esculpir em nós mesmos o Homem Novo, tornado-nos Cidadãos do Universo, dignos filhos amados de nosso Pai.
Não tenhamos dúvida de que, então, estaremos transformando a Terra realmente num mundo azul, belo e evangelizado. Recordemos as palavras judiciosas do Dalai Lama: "Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior." (8)
- NOTAS -
1Latim: “Sempre ascendendo”.
2ROMANELLI, Rubens C. Primado do espírito,
3. ed. Belo Horizonte: Ed. Síntesi, 1965. Tópico III – Temas Filosóficos: Evolução, p. 55.
3KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 91. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Q. 115.
4Idem, ibidem.
5MATEUS, 5:14. Bíblia sagrada (CD-ROM). Rio de Janeiro: Ed. Vozes, 1996.
6MATEUS, 5:13. Idem.
7KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 91. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Q. 23.
8Disponível em: www.pensador.info/autor/Dalai_Lama
Fonte: Revista Reformador - Maio/2010
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Que a Paz do mestre Jesus esteja contigo!