Chico Xavier estaria fazendo 100 anos amanhã, 02 de Abril.
O médium mais conhecido que já tivemos é o principal responsável pela propagação do Espiritismo no Brasil, uma doutrina de apenas 150 anos que aqui teve sua acolhida mais significativa.
Com uma obra social imensa e dezenas de milhões de livros psicografados vendidos pelo mundo, a atuação de Chico Xavier foi decisiva para estimular médiuns e centros espíritas a se espalharem pelos quatro cantos do país.
Já na primeira infância a mediunidade de Chico vinha a conhecimento de sua família, pois o menino dizia enxergar e conversar com espíritos. Após a morte de sua mãe ele passou um período morando na casa de sua madrinha, onde foi muito maltratado. De volta ao lar paterno, Chico passou a trabalhar e estudar, já que veio de família muito humilde.
Às vésperas de completar 18 anos Chico Xavier entrou em contato com sua mãe desencarnada, em uma sessão de espiritismo, sendo que ela recomendou que lesse Allan Kardec, o criador da doutrina. Logo em seguida, estava fundando um centro espírita e dando início ao extensíssimo trabalho de psicografar, que durou toda a sua vida. É nesta época que as mensagens recebidas por ele começam a ser publicadas no Brasil e em Portugal.
Ao todo, Chico Xavier psicografou 451 obras, sendo que nunca aceitou o dinheiro arrecadado com a venda dos livros. Vendeu cerca de 30 milhões de exemplares publicados em mais de 10 línguas, inclusive braile, cujos direitos autorais foram cedidos para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro. Mais de 10 mil cartas de falecidos foram psicografadas para suas famílias, aliviando o sofrimento delas após a perda de entes queridos. Chico teve um papel fundamental na divulgação do espiritismo, na proliferação de obras sociais e no consolo a famílias desamparadas diante da morte.
Na década de 50 do século passado Chico Xavier conheceu seu discípulo, o médico Waldo Vieira, também médium desde a infância e que teria sido seu filho em outras encarnações. Juntos, passaram a psicografar várias obras e iniciaram um trabalho de divulgação do Espiritismo em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, depois de estudarem o inglês.
Em 1966, ambos se separam, com Chico dando sequência a seu trabalho social financiado integralmente pela venda de livros e ao consolo de famílias com base em cartas psicografadas. Waldo, por sua vez, entendia que o contato com o além poderia prescindir de mediadores, vendo-se encorajado a estimular pessoas a saírem de seus corpos para que elas mesmas fizessem viagens astrais. Assim, surgiu a Projeciologia e a Conscienciologia, que se dedicam a pesquisar a experiência fora do corpo (EFC), a projeção da consciência.
Como acontece com quem se propõe a transitar e desvendar os mistérios entre a vida mundana e a vida espiritual, Chico Xavier foi diversas vezes acusado de charlatanismo. Ainda no início de sua trajetória, muitos diziam que ele seria desmascarado e que iria cair, ao que ele respondia “nunca irei cair, pois jamais me levantei”. Ao longo de toda sua vida, Chico teve a sua reputação ilibada. Foi agraciado com o título de “Mineiro do Século XX”, à frente de personalidades como Santos Dumont e Juscelino Kubitschek.
Seu livro psicografado de maior tiragem foi “Nosso Lar” (1944), com mais de 2 milhões de cópias vendidas pelo mundo e atribuído ao espírito André Luiz. Seu grande orientador espiritual, porém, foi o espírito Emmanuel, que teria participado da equipe que colaborou na codificação da Doutrina Espírita, ainda no séc. XIX. A grande exigência, segundo ele, para que o jovem Chico pudesse desenvolver seu trabalho seria “disciplina, disciplina, disciplina”.
Uma das psicografias mais conhecidas de Chico Xavier, inclusive internacionalmente, foi a que inocentou uma pessoa acusada de matar o melhor amigo, durante um julgamento em Goiânia, no ano de 1979. O depoimento psicografado da própria vítima, feito por Chico, foi considerado como prova válida e, segundo ele, o tiro que causou sua morte teria sido acidental.
Chico Xavier deixou-nos em 2002, aos 92 anos de idade, em decorrência de problemas cardíacos. Dizem que havia pedido a Deus para que morresse em um dia no qual todos estivessem em festa, para que ninguém ficasse triste com a sua despedida. Aquele que provavelmente é o maior responsável pela propagação da Doutrina Espírita, por inúmeras obras sociais e pelo consolo de milhares de famílias, desencarnou justamente no dia em que o Brasil comemorava a conquista do pentacampeonato de futebol.
Chico Xavier merece ser bastante celebrado neste seu centenário, pois é um dos maiores exemplos de esclarecimento das questões espirituais e de amor incondicional ao próximo que este país já teve.
Já na primeira infância a mediunidade de Chico vinha a conhecimento de sua família, pois o menino dizia enxergar e conversar com espíritos. Após a morte de sua mãe ele passou um período morando na casa de sua madrinha, onde foi muito maltratado. De volta ao lar paterno, Chico passou a trabalhar e estudar, já que veio de família muito humilde.
Às vésperas de completar 18 anos Chico Xavier entrou em contato com sua mãe desencarnada, em uma sessão de espiritismo, sendo que ela recomendou que lesse Allan Kardec, o criador da doutrina. Logo em seguida, estava fundando um centro espírita e dando início ao extensíssimo trabalho de psicografar, que durou toda a sua vida. É nesta época que as mensagens recebidas por ele começam a ser publicadas no Brasil e em Portugal.
Ao todo, Chico Xavier psicografou 451 obras, sendo que nunca aceitou o dinheiro arrecadado com a venda dos livros. Vendeu cerca de 30 milhões de exemplares publicados em mais de 10 línguas, inclusive braile, cujos direitos autorais foram cedidos para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro. Mais de 10 mil cartas de falecidos foram psicografadas para suas famílias, aliviando o sofrimento delas após a perda de entes queridos. Chico teve um papel fundamental na divulgação do espiritismo, na proliferação de obras sociais e no consolo a famílias desamparadas diante da morte.
Na década de 50 do século passado Chico Xavier conheceu seu discípulo, o médico Waldo Vieira, também médium desde a infância e que teria sido seu filho em outras encarnações. Juntos, passaram a psicografar várias obras e iniciaram um trabalho de divulgação do Espiritismo em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, depois de estudarem o inglês.
Em 1966, ambos se separam, com Chico dando sequência a seu trabalho social financiado integralmente pela venda de livros e ao consolo de famílias com base em cartas psicografadas. Waldo, por sua vez, entendia que o contato com o além poderia prescindir de mediadores, vendo-se encorajado a estimular pessoas a saírem de seus corpos para que elas mesmas fizessem viagens astrais. Assim, surgiu a Projeciologia e a Conscienciologia, que se dedicam a pesquisar a experiência fora do corpo (EFC), a projeção da consciência.
Como acontece com quem se propõe a transitar e desvendar os mistérios entre a vida mundana e a vida espiritual, Chico Xavier foi diversas vezes acusado de charlatanismo. Ainda no início de sua trajetória, muitos diziam que ele seria desmascarado e que iria cair, ao que ele respondia “nunca irei cair, pois jamais me levantei”. Ao longo de toda sua vida, Chico teve a sua reputação ilibada. Foi agraciado com o título de “Mineiro do Século XX”, à frente de personalidades como Santos Dumont e Juscelino Kubitschek.
Seu livro psicografado de maior tiragem foi “Nosso Lar” (1944), com mais de 2 milhões de cópias vendidas pelo mundo e atribuído ao espírito André Luiz. Seu grande orientador espiritual, porém, foi o espírito Emmanuel, que teria participado da equipe que colaborou na codificação da Doutrina Espírita, ainda no séc. XIX. A grande exigência, segundo ele, para que o jovem Chico pudesse desenvolver seu trabalho seria “disciplina, disciplina, disciplina”.
Uma das psicografias mais conhecidas de Chico Xavier, inclusive internacionalmente, foi a que inocentou uma pessoa acusada de matar o melhor amigo, durante um julgamento em Goiânia, no ano de 1979. O depoimento psicografado da própria vítima, feito por Chico, foi considerado como prova válida e, segundo ele, o tiro que causou sua morte teria sido acidental.
Chico Xavier deixou-nos em 2002, aos 92 anos de idade, em decorrência de problemas cardíacos. Dizem que havia pedido a Deus para que morresse em um dia no qual todos estivessem em festa, para que ninguém ficasse triste com a sua despedida. Aquele que provavelmente é o maior responsável pela propagação da Doutrina Espírita, por inúmeras obras sociais e pelo consolo de milhares de famílias, desencarnou justamente no dia em que o Brasil comemorava a conquista do pentacampeonato de futebol.
Chico Xavier merece ser bastante celebrado neste seu centenário, pois é um dos maiores exemplos de esclarecimento das questões espirituais e de amor incondicional ao próximo que este país já teve.
- Dimitri Camiloto -
Fonte: Piauí Espírita
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Que a Paz do mestre Jesus esteja contigo!