quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CAUSOS E HISTÓRIAS DO MINEIRO DO SÉCULO



EXERCÍCIO DE PACIÊNCIA

Todo sábado o grupo de voluntários que trabalhava com Chico saía para fazer caridade. Daí, de repente, chega um conhecido do médium, totalmente bêbado, que havia virado alcóolatra. Impacientes, a equipe pedia a Chico para irem logo fazer caridade, mas o paciente Chico acolheu o bêbado com alegria e pediu para ele começar a cantar algumas músicas.

“Cante aquela do Nelson Gonçalves, depois aquela do Altemar Dutra”

O bêbado, feliz, foi cantando.

E o grupo ficando mais impaciente para sair.

O bêbado tanto cantou tanto que ficou bom do porre.

Daí Chico falou para o grupo: “Pronto irmãos, fizemos nossa primeira caridade de hoje”.

O bêbado, feliz, se ajoelhou aos pés de Chico, chorando:

“Só você me entende e é meu amigo...”

Depois Chico disse ao grupo: “Ele perdeu a esposa e os filhos em um acidente de carro e sente-se culpado por isso, a partir daí virou alcóolatra. Não podemos julgar nossos irmãos”, concluiu.

FILA

Chico estava no Centro Espírita recebendo uma multidão de pessoas que queriam beijar sua mão numa fila que já durava oito horas. Preocupado com o cansaço do médium, um dos trabalhadores do Centro pediu para que ele fosse descansar, pois interromperia a fila. Até porque os lábios de Chico já estavam começando a sangrar. Ele respondeu: “Não meu filho, na verdade eu é deveria estar beijando os pés de cada um deles!”

QUEM DERA VOCÊ FOSSE O CHICO...

Numa livraria de Belo Horizonte, servia um irmão que, pelo hábito de ouvir constantes elogios ao Chico Xavier, tomou-se de admiração pelo Médium.

Leu, pois, com interesse, todos os livros de Emmanuel, André Luiz, Néio Lúcio, Irmão X e desejou, insistentemente, conhecer o psicógrafo de Pedro Leopoldo.

E aos fregueses pedia, de quando em quando: - Façam-me o grande favor de me apresentar o Chico, logo aqui apareça.

Numa tarde, quando o Aloísio, pois assim se chamava o empregado, reiterava a alguém o pedido, o Chico entra na Livraria.

Todos os presentes, menos o Aloísio, se surpreendem e se alegram. Abraçam o Médium, indagam-lhe as novidades recebidas. E depois, um deles se dirige ao Aloísio: - Você não desejava ansiosamente conhecer o nosso Chico?

- Sim, ando atrás desse momento de felicidade....

- Pois aqui o tem.

Aloísio o examina; vê-o tão sobriamente vestido, tão simples, tão decepcionante.

E correspondendo ao abraço do admirado psicógrafo, com ar de quem falava uma verdade e não era nenhum tolo, para acreditar em tamanho absurdo disse: - Quem dera que você fosse o Chico, quem dera!...

E Chico, compreendendo que Aloísio não pudera acreditar que fosse ele

o Chico pela maneira como se apresentava, responde-lhe, candidamente:

- É mesmo, quem me dera...

E, despedindo-se, partiu com simplicidade e bonomia, deixando no ambiente uma lição, uma grande lição, que ira depois ser melhormente traduzida por todos, e, muito especialmente, pelo Aloísio...

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Que a Paz do mestre Jesus esteja contigo!