terça-feira, 11 de janeiro de 2011
PROFETAS DE HOJE
Há dois cristianismos básicos: o bíblico e o dogmático. Por isso as igrejas denominadas de cristãs são hoje cerca de 10.000 no mundo.
No cristianismo há grupos religiosos exclusivistas que dão a entender que só eles estão certos e só eles gostam de Jesus.
Isso nos lembra a conhecida frase do padre francês François Brune: “Como eu gostaria de que os católicos amassem a Jesus como o amam os espíritas!” Brune é o autor de “Linha Direta com o Além” e “Os Mortos nos Falam”, EDICEL (editora espírita), Brasília, DF, e é representante do Vaticano de Transcomunicação Instrumental (TCI), contato com os espíritos por meio de aparelhos eletrônicos.
A teologia dos cristãos fundamentalistas é politeísta, pois ela afirma que Jesus é também Deus, o que é contra o próprio ensino do excelso mestre: “Por que me chamais bom? Bom é só um, Deus.” (Marcos 10,18).
Os teólogos dogmáticos afirmam que o tempo dos profetas terminou quando acabaram de escrever a Bíblia. Mas será que ela está mesmo terminada?
Seus autores demoraram quase 4.000 anos para escrevê-la. Ela é uma História do judaísmo e do cristianismo. E essa História ainda não acabou e é sempiterna. Daqui a alguns milhares de anos, nós teremos registros históricos de judeus e cristãos de hoje.
Se nós somos seguidores da Bíblia, continuamos também, pois, de algum modo, fazendo parte da sua História. A Geografia de ontem é a História de hoje, e a Geografia de hoje é a História de amanhã. Assim, como seguidores da Bíblia, é como se fizéssemos parte, hoje, da sua Geografia. E, no futuro, seremos, pois, mais uma parte da sua História. Os profetas de hoje são do cristianismo bíblico, e não do frágil dogmático que, porém, devemos respeitar.
Allan Kardec ensinou que, com a palavra médium, ele designava uma pessoa equivalente a um profeta bíblico. Aliás, o profeta bíblico do tipo “Nabi” era aquele que, quando falava, escrevia e gesticulava, não era ele, mas um espírito que estava nele.
Vejamos exemplos bíblicos sobre isso: Heldade e Medade recebiam espíritos e profetizavam (Números 11, 24 a 30). Os espíritos devem ser examinados se são de Deus (do bem) ou do mal, pois há muitos falsos profetas. (1 João 4,1). O espírito de Elias repousa sobre Eliseu (2 Reis 2,15). Se o espírito profetizador ou o profeta (médium) forem falsos, suas profecias são também falsas.
Eis alguns exemplos bíblicos de que os profetas ainda existem:
- “Todos podereis profetizar, um após outro” (1 Coríntios 14,31).
- “Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas” – hoje médiuns. (1Coríntios 14,32).
- “Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo.” (1Corínitos 14,37). Espiritual é sinônimo de profeta, ou seja, envolvido com um espírito, pelo que tem dom espiritual.
- “Em parte conhecemos, e em parte profetizamos.”(1Coríntios 13,9). Quando o espírito profetiza, o médium em transe pode não saber o que está sendo profetizado.
Com todo o respeito que devemos ter para com o Espírito Santo, as poucas instruções sobre profetas e profecias dadas por São Paulo e aqui analisadas nada têm a ver com a Terceira Pessoa do dogma da Santíssima Trindade, que não é citada por São Paulo nem uma só vez sequer! E profeta na Bíblia é vidente (1 Samuel 9,9), que, por sua vez, é hoje chamado de médium.
“Procurai com zelo o dom de profetizar” (1 Coríntios 14,39).
Ainda existem profetas, e eles até têm o dever de profetizar!
- JOSÉ REIS CHAVES -
Colunista do site www.otempo.com.br e Autor dos livros “A Face Oculta das Religiões”, “A Reencarnação na Bíblia e na Ciência” Ed. EBM (SP) e “A Bíblia e o Espiritismo”, Ed. Espaço Literarium, Belo Horizonte (MG). Email: jreischaves@gmail.com
FONTE: Jornal dos Espíritos
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Que a Paz do mestre Jesus esteja contigo!