sábado, 21 de abril de 2012

PROGRAMA DESPERTAR ESPÍRITA É TRANSMITIDO PELA SKY NO CANAL CLIMA TEMPO



Essa é uma dica do nosso colega Marko Galleno:
“O Lar Fabiano de Cristo do Rio de Janeiro produz o programa Despertar Espírita, com um conteúdo muito interessante e valorização da arte espírita.
Na Sky ele é transmido no canal Clima Tempo (102), às 15:30.
Vale a pena conferir.”
Mais informações no site: http://www.despertarespirita.com/

FONTE: 180Graus - Espírita - Raul Ventura

DIVALDO FRANCO RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO HONORÁRIO MINEIRO



No último dia 16, o humanista e médium espírita Divaldo Pereira Franco recebeu da Assembleia Legislativa do Estado de MG, o título de cidadão honorário daquele Estado.
Como bem expressou Jáder Sampaio, em seu blog, “Divaldo pode ser encontrado em dezenas de cidades mineiras, ao mesmo tempo, em instituições que inseriram em seu frontispício o nome da Joanna de Ângelis, abriram suas cozinhas e suas salas de aula para a infância, a juventude, a idade adulta e a terceira idade. Ele pode ser visto furtivamente nas prateleiras de bibliotecas que acomodam parte dos milhões de livros publicados, dedicados ao bem e à prática da caridade benevolente”
Justa homenagem!  

FONTE: 180Graus - Espírita - Raul Ventura

NOTA DE CANCELAMENTO DA PEÇA TEATRAL "AUTO DA TERRA DO PÉ RACHADO"

A organização da peça teatral "Auto da Terra do Pé Rachado" comunica a todos que por motivos de força maior o espetáculo foi cancelado. 
Um dos protagonistas, Reginauro Júnior, está internado desde ontem em Fortaleza e os médicos não o liberaram para a viagem.


Sabemos do compromisso e seriedade com o qual os organizadores dedicaram-se para esse evento então pedimos a compreensão de todos. 


Os ingressos já vendidos serão reembolsados.

FONTE: 180Graus - Espírita - Raul Ventura

quinta-feira, 19 de abril de 2012

CURSO PARA FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DE EVANGELIZADORES DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE


CURSO PARA FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO 
DE EVANGELIZADORES 
DA INFANCIA E JUVENTUDE ESPIRITA 


DATA: 21 DE ABRIL 2012

LOCAL: CENTRO ESPIRITA FELINTO MARTINS
Rua Magalhães Filho, 1132 – Viçosa por trás da Reno peças Av. Miguel Rosa.

HORÁRIO: 14h 30min – 17h30min

PÚBLICO DE INTERESSE: EVANGELIZADORES DA INFANCIA E JUVENTUDE, ALUNOS DO ESDE.

INFORMAÇÕES: CRISTINA MIRANDA - 9406-4020  /  9910-078  /  8813 4304

quarta-feira, 18 de abril de 2012

18 DE ABRIL - DIA NACIONAL DO ESPIRITISMO




Foi numa manhã de 18 de abril que, na Galeria D'Orleans, na bela Paris, França, o honorável Allan Kardec levou a público a obra basilar da Doutrina Espírita -- "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" -- e, de certa forma, oficializou o Espiritismo, o que resulta considerarmos esta data simbolicamente como o dia oficial de aniversário da nossa amada Doutrina.

Por isso, aproximamo-nos de mais uma data festiva para todos nós espíritas. E como o ano de partida foi o de 1857, contabilizamos então 155 anos de Doutrina Espírita.

Aqui no Brasil, 18 de abril é legitimamente declarado "Dia Nacional do Espiritismo", conforme Decreto Lei 291/2007, de autoria da Deputada Federal pelo Ceará, Gorete Pereira, aprovada em 2007, por ocasião das comemorações do primeiro centenário de "O LIVRO DOS ESPÍRITOS" e, por conseguinte, do Espiritismo.

No ensejo de mais um aniversário, convém uma reflexão: a respeito de o quanto o Espiritismo tem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade.



FONTE: Blog Luz Espírita

terça-feira, 17 de abril de 2012

ANENCEFALIA - JOANNA DE ÂNGELIS

 
 
 
(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 11 de abril de 2012,  no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia, quando os Ministros do  Supremo Tribunal de Justiça, julgavam   do aborto do anencéfalo, em Brasília DF)
 
 
 
Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.

De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.

O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.

Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.

Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.

Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
 
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
 
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
 
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
 
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
 
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio..
 
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
 
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução. 
 
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
 
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
 
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
 
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
 
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
 
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
 
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
 
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
 
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
 
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
 
...E quando a humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
 
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
 
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
 
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
 
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
 
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida… 
 
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
 
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias?
 
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
 
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

GRUPO ESPIRITA DE TEATRO LEOPOLDO MACHADO (LEMA) APRESENTA AUTO DA TERRA DO PÉ RACHADO


Grupo Espírita de Teatro Leopoldo Machado – LEMA apresenta Auto da Terra do Pé Rachado

Local: Teatro 4 de Setembro (Praça Pedro II)

Datas: 21 e 22 de abril de 2012

Horário: 20:00 h

Ingressos antecipados: R$ 20,00

No dia da apresentação: R$ 30,00

Promoção: Sociedade de Estudos Espíritas de Teresina - SEETE

Apoio: Federação Espírita Piauiense - FEPI



FONTE: 180Graus - Espírita - Raul Ventura

segunda-feira, 16 de abril de 2012

INTERCESSÃO


 “Irmãos, orai por nós.”
  [Paulo - 1ª EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES, CAPÍTULO 5, VERSÍCULO 25]



Muitas criaturas sorriem ironicamente quando se lhes fala das orações intercessórias.

O homem habituou-se tanto ao automatismo teatral que encontra certa dificuldade no entendimento das mais profundas manifestações de espiritualidade. 

A prece intercessória, todavia, prossegue espalhando benefícios com os seus valores inalterados. 

Não é justo acreditar seja essa oração o incenso bajulatório a derramar-se na presença de um monarca ter-restre a fim de obtermos certos favores.

A súplica da intercessão é dos mais belos atos de fraternidade e constitui a emissão de forças benéficas e iluminativas que, partindo do espírito sincero, vão ao objetivo visado por abençoada contribuição de conforto e energia. Isso não acontece, porém, a pretexto de obséquio, mas em conseqüência de leis justas. 

O homem custa a crer na influenciação das ondas invisíveis do pensamento, contudo, o espaço que o cerca está cheio de sons que os seus ouvidos materiais não registram; só admite o auxilio tangível, no entanto, na própria natureza física, vêem-se árvores venerandas que protegem e conservam ervas e arbustos, a lhes receberem as bênçãos da vida, sem lhes tocarem jamais as raízes e os troncos.

Não olvides os bens da intercessão.

Jesus orou por seus discípulos e seguidores, nas horas supremas.



FONTE: Do livro "Pão Nosso" - Chico Xavier/Emmanuel

quinta-feira, 12 de abril de 2012

CURSO DE MAGNETISMO E FLUIDOTERAPIA REALIZADO PELA AME-PI


A AME - Associação Médico-Espírita do Piauí, estará realizando nos dias 14 e 15 de abril um curso de Magnetismo e Fluidoterapia com renda revertida para a conclusão do Ambulatório Médico-Espírita que está sendo construído na cidade de Teresina.

FONTE: 180Graus - Espírita - Raul Ventura

FEIRA DO LIVRO ESPIRITA EM TERESINA


Está funcionando na Rua Climatizada, no Centro de Teresina, desde o dia 09, a 5ª Jornada de Divulgação do Livro Espírita, atividade promovida e realizada pelos trabalhadores da Sociedade Espírita João Nunes Maia.

Na oportunidade, são colocadas à venda e divulgadas, diversas obras espíritas, de diferentes autores, espirituais e encarnados. A Jornada vai até o dia 14/04.


FONTE: 180graus - Espírita - Raul Ventura

SERIE SAGRADO - ESPIRITISMO NA TV


As TVs Globo e Futura (Canal a cabo) reiniciaram o programa "Sagrado", contando com apresentações diárias, com rápidas mensagens de representantes de dez religiões. Um representante de religião por dia.

O Espiritismo está representado pelo vice-presidente da FEB Antonio Cesar Perri de Carvalho e a primeira apresentação ocorrerá no dia 13 de abril, depois no dia 26 de abril, 9 de maio, e assim sucessivamente, a cada 10 dias (excetuando-se finais de semana).

O programa tem duração de dois minutos, vai ao ar na TV Globo Durante o dia passa nos intervalos da Ana Maria Braga e de Malhação. O Canal Futura exibirá diariamente as peças em dois horários: às 4h58 e às 6h48.

As peças de 2 minutos são veiculadas também ao longo do dia nos intervalos comerciais do Jornal hoje/Sessão da tarde.




FONTE: Site da FEB - www.febnet.org.br

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O ANENCÉFALO NA VISÃO ESPÍRITA

SOBRE A QUESTÃO DO ANENCÉFALO




Colegas da AME-Brasil (Associação Médico-Espírita do Brasil) têm se surpreendido, tanto quanto eu mesma, com as colocações de confrades, em conversas nas Casas Espíritas, em artigos na internet, ou mesmo em cartas, a favor do aborto do anencéfalo. 

Muitos alegam que o feto nessas condições não possui cérebro, sendo óbvio, portanto, que não tenha nenhum espírito ligado a ele. Este argumento, porém, não tem o respaldo da embriologia. Durante a sua formação, o feto anencéfalo pode ter, por distúrbios ou falhas do sistema vascular, a paralisação do desenvolvimento do Sistema Nervoso Central em pontos distintos. Assim, pode ter um único hemisfério cerebral, não ter nenhum, mas, sem dúvida, terá o diencéfalo ou as estruturas reptilianas responsáveis pelas funções primitivas e inconscientes. Tanto é verdade que o anencéfalo tem todas as atividades instintivas básicas preservadas, como o pulsar do coração e a possibilidade de expandir os pulmões, nos movimentos respiratórios normais. Não se pode dizer, portanto, que ele não tem cérebro, nem tampouco que morre ou pára de respirar ao nascer. Há inúmeros anencéfalos que persistem vivos por horas ou dias, após o nascimento, mesmo desconectados do cordão umbilical, justamente porque possuem o cérebro primitivo, responsável pelas funções básicas instintivas.

Perante o anencéfalo é como se estivéssemos diante de uma pessoa adulta em estado de coma profundo: o coração bombeia, os pulmões recebem a carga necessária, os órgãos trabalham, mas ele não tem consciência.

Com o Espiritismo aprendemos que a alma secreta os pensamentos de maneira extra-física e é muito mais importante que o próprio cérebro orgânico, porque o comanda, ainda que precariamente nos casos de lesões graves, sobrevivendo à sua morte. É o que acontece nos vários graus do estado de coma. 

Se somos espíritas, a explicação para os fetos anencéfalos é muito mais lógica e racional. Não podemos nos esquecer de que só o Espírito tem capacidade de agregar matéria. Se não tivesse um Espírito no comando, o anencéfalo não poderia formar os seus próprios órgãos - e o fazem a tal ponto que eles são cogitados para transplantes -, não cumpriria o seu metabolismo basal, e não teria preservadas as suas funções vitais. 

O Espírito expressa-se através do perispírito ou do corpo espiritual e este, por sua vez, modela o corpo físico. Se há erros ou deficiências na modelagem, isto significa que o Espírito deformou o seu perispírito por problemas cármicos ou faltas cometidas em outras vidas. Assim como podem ocorrer deficiências nos mais variados órgãos, a questão não é diferente em relação ao cérebro.

No caso do anencéfalo, o perispírito está lesado, principalmente, em seu chacra ou centro de força cerebral que é responsável pela percepção (visão, audição, tato etc), pela inteligência (palavra, cultura, arte, saber) e atua no córtex. O Espírito com este tipo de má-formação errou, portanto, na aplicação da inteligência e da percepção.

Os confrades favoráveis ao aborto do anencéfalo alegam que nele não há Espírito destinado à reencarnação conforme explica O Livro dos Espíritos. Aqui, detectamos um erro clássico, não se pode basear unicamente em uma resposta dos Instrutores Espirituais. Levantemos todas as respostas que eles nos dão acerca da formação dos seres humanos e destaquemos as mais importantes para a elucidação deste assunto. 

Na questão 344, eles afirmam que a união da alma com o corpo dá-se no momento da concepção; um pouco mais adiante, na de nº 356, advertem que há corpos para os quais nenhum Espírito está destinado, explicando que isto acontece como prova para os pais. E ainda no desdobramento desta questão enfatizam que a criança somente será um ser humano se tiver um espírito encarnado. Se juntarmos todas estas respostas, concluiremos que os corpos para os quais poderíamos afirmar que nenhum espírito estaria destinado seriam os dos fetos teratológicos, monstruosos, que não têm nenhuma aparência humana, nem órgãos em funcionamento. Como vimos, nada disto se aplica ao anencéfalo, porque o espírito comanda, ainda que precariamente, um organismo vivo. 


Carma


Há ainda outros equívocos no raciocínio dos que são favoráveis ao aborto. Alguns ponderam que, tendo a mãe ou o casal nascido numa época em que a ciência já pode detectar prematuramente o problema, eles teriam o direito de evitar esse carma, promovendo o aborto. Aqui, a pergunta é inevitável: desde quando se evita o carma ou o sofrimento, provocando a morte de um ser indefeso? 

Jamais o aborto aliviará o carma de alguém, muito pelo contrário, somente o agravará. Só haveria um meio de se adiar esse carma, seria pelo impedimento da concepção, porque, quando a vida se manifesta no zigoto, entra em jogo um Poder Superior, que é responsável por ela, e ao qual devemos obediência e respeito.

O raciocínio, portanto, deve ser outro: diante do feto deficiente, é preciso que os pais pensem no grau de comprometimento que têm para com esta alma doente, e nos esforços que devem empreender para ajudá-la a recuperar-se. Também não há nenhuma razão para se invocar direitos que não existem, como o da mãe, o do pai, o da equipe médica ou o do Estado, de provocar o aborto, porque o anencéfalo constitui-se em um organismo humano vivo. Eliminá-lo, portanto, é crime. 


A consciência responde-nos, portanto, que a única atitude compatível com a Lei do Amor é a da misericórdia, a da compaixão, para com o feto anencéfalo. 



* Marlene Nobre é presidente das associações médico-espíritas Internacional e do Brasil 



FONTE: www.amebrasil.org.br

sábado, 7 de abril de 2012

JUDAS ISCARIOTES: REVOLUCIONÁRIO E OBSIDIADO


No contexto do Novo Testamento, a maioria dos apóstolos refere-se à figura de Judas como um traidor e um dos co-responsáveis pela crucificação de Cristo, mesmo sabendo que a traição fazia parte da missão dele no mundo, tal como profetizara Zacarias, sem se ater que ele também foi vítima de um processo obsessivo.


No entanto, Judas entrou para a história do Cristianismo como o principal traidor e poucos se preocupam em conhecer a possibilidade dele ter sido um espírito revolucionário que desejava libertar o seu povo do poderio romano pela força da espada.


No livro "Crônicas de além túmulo" escrito pelo espírito Humberto de Campos, psicografado por Chico Xavier, o próprio Judas teria confirmado sua tendência às rebeliões como arma capaz de triunfar sobre a imposição romana, no seguinte relato:


"(...) eu era um dos apaixonados pelas ideias socialistas do Mestre...planejei então uma revolta surda...O Mestre passaria a um plano secundário e eu arranjaria colaboradores para umaobra vasta e enérgica...Não julguei que as coisas atingissem um fim tão lamentável." (p.41-42)


Embora Judas tenha sido um revolucionário que queria justiça para o seu povo, suas ações também foram influenciadas por um processo obsessivo porque ele próprio parece ter negligenciado do orai e vigiai (Mt 26:41) e por não compreender os ensinamentos de Cristo pautados na tolerância , na humildade e no amor incondicional à humanidade.


João foi o único dos apóstolos a enfatizar várias vezes que Judas estava sendo influenciado por um espírito obsessor, a ponto de torná-lo inquieto e influenciá-lo a tomar decisões comprometedoras em relação a Cristo. Isso pode ser constatado nas seguintes narrativas:


"E um de vós é um diabo. E isso dizia ele de Judas Iscariotes...porque este o havia de entregar..."(Jo 6:70-71)

"E acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes...que o traísse..."
(Jo 13:2)

"E após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: o que fazes, faze-o depressa...E tendo Judas tomado o bocado, saiu logo." (Jo 13:27,30)


Conforme podemos verificar, Judas foi vítima de um processo obsessivo caracterizado por uma subjugação moral em que o subjugado, segundo Kardec no Livro dos Médiuns:"(...) é solicitado a tomar decisões, frequentemente, absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, crê sensatas: é uma espécie de fascinação" (p.242)


No caso de Judas, especificamente, poderíamos conjeturar que a obsessão talvez não estivesse presente no desencadeamento histórico e natural da traição, mesmo Jesus sabendo que seria traído, porque assim estava escrito para que se cumprisse as Escrituras (Jr 26:14).


Isso significa dizer que se Judas não tivesse sido obsidiado, talvez os desdobramentos de sua existência teriam sido outros, a ponto de evitar, por exemplo, o próprio suicídio e suas consequências desastrosas para o espírito, mas não o destino da traição. Ou seja, a subjugação moral a que ele fora submetido talvez não fizesse parte da originalidade da traição, mas uma consequência oportunista dos desatinos a que todos nós estamos confinados quando nos deixamos levar pela invigilância e corrosão do caráter na inquietação pela posse do ouro
(Mt 10:9).


Seja como for, o fato é que Judas foi um revolucionário e um obsidiado que não acreditava muito nas verdades divinas de Cristo (Jo 6:64) e queria que a libertação de seu povo fosse pela revolta da espada, hábito comum entre romanos que dominavam aquela região, e que Emmanuel descreveu detalhadamente em uma de suas obras. ("Há dois mil anos")


Alguns detalhes muitas vezes passam despercebidos na leitura evangélica, mas Judas pareceter sido o último dos apóstolos escolhidos (Mt 10:4), o que nos leva a considerar que ele teve tempo suficiente para ouvir sobre a grandiosidade e a superioridade moral de Cristo e certificar que Ele poderia ser o lider da libertação de seu povo, como é demosntrado tambem num belo filme produzido em 2004: "Judas e Jesus: a história da traição" (disponível em DVD).


Se Judas fez o que fez, não nos compete julgá-lo ou absolvê-lo das próprias decisões tomadas naquela época em que a ignorância e a incompreensão eram uma das características mais acentuadas de seu povo, que resolvia as coisas na base do olho por olho e dente por dente. Nesse sentido, se Judas errou aos olhos do mundo, menos aos olhos do Cristo, não cabe a nós contribuirmos para que sua condenação se naturalize na cultura cristã, mas inseri-lo como mais um homem, dentre muitos que fizeram parte da história do cristianismo.


O caso de Judas nos leva, ainda, a algumas reflexões:
* Será que o homem contemporâneo se transformou espiritualmente desde aquela época?
* Será que já superamos a intolerância e a impaciência em nosso caráter?
* Será que ainda não trazemos em nossa memória espiritual o desejo de resolver as coisas na base do olho por olho?
* Será que já estamos prontos para perdoar nossos irmão setenta vezes sete?
* Será que somos capazes de amar uns aos outros como Cristo nos amou?
* Será que não somos também um pouco Judas ao nos vendermos pela fascinação por bens materiais e desejo de status?
* Será que estamos prontos para abandonarmos nossas vaidades e reconciliarmos com os nossos adversários?


Seja o que for, aprendamos com Judas a não trairmos a nós mesmos em momentos de aflição; tenhamos confiança em Jesus que é o Caminho a Verdade e a Vida; aprendamos a dominar nossos pensamentos para que não sejamos vítimas gratuitas da obsessão; e aprendamos a orar por aqueles que nos perseguem e caluniam.


Saibamos ainda que a vida que nós temos é necessária para a nossa própria correção. Por isso, não turbemos os nossos corações e confiemos em Deus sempre!


Fonte: Revista Internacional de Espiritismo - Abril/2010

sábado, 24 de março de 2012

EXAMINEMOS A NÓS MESMOS


Livro dos espíritos - Questão 919
 
O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente melhor.
Útil, assim, verificar, de quando em quando, com rigoroso exame pessoal, a nossa
verdadeira situação íntima.
Espírita que não progride durante três anos sucessivos permanece estacionário.
 
Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e compreensivo?
Inquire as tuas relações na experiência doméstica:
- Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?
 
Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário: - Colaboras com mais
euforia na seara do Senhor?
Observa-te nas manifestações perante os amigos: - Trazes o Evangelho mais vivo nas
atitudes?
Reflete em tua capacidade de sacrifício: - Notas em ti mesmo mais ampla disposição de
servir voluntariamente?
Pesquisa o próprio desapego: - Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de
posses terrestres?
 
Usas mais intensamente os pronomes "nos", "nosso" e "nossa" e menos os
determinativos "eu", "meu" e "minha"?
Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão conhecidos somente por ti,
estão presentemente mais raros?
Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?
 
Dissipaste antigos desafetos e aversões?
Superastes os lapsos crônicos de desatenção e negligência?
Estudas mais profundamente a Doutrina que professas?
 
Entendes melhor a função da dor?
Ainda cultivas alguma discreta desavença?
Auxilias aos necessitados com mais abnegação?
Tens orado realmente?
 
Teus ideias evoluíram?
Tua fé raciocinada consolidou-se com mais segurança?
Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?
Evangelho é alegria no coração: - Estás, de fato, mais alegre e feliz intimamente, nestes
três últimos anos?
 
Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!
Sopesa a existência hoje, espontaneamente, em regime de paz, para que te não vejas na
obrigação de sopesá-la amanhã sob o impacto da dor.
Não te iludas!  Um dia que se foi é mais uma cota de responsabilidade, mais um passo
rumo à Vida Espiritual, mais uma oportunidade valorizada ou perdida.
 
Interroga a consciência quanto à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos
ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária.
Faze  isso  agora,  enquanto  te  vales  do  corpo  humano,  com  a  possibilidade  de
reconsiderar diretrizes e desfazer enganos facilmente, pois, quando passares para o lado
de cá, muita vez, já será mais difícil...
 
EMMANUEL/ANDRÉ LUIZ
Opinião espírita/ Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

OBSESSÕES CARNAVALESCAS



“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu” – Caetano Veloso


- Atrás do trio elétrico também vai quem já “morreu” -



Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval.


O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval.

Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão.

No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.

Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval.

Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das músicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”.

Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.

Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo.

O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou: - “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade hoje, é-me festa de todo dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”.

A carne nada vale: O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra.

Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.

Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.

Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira sílaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”.

Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como início e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento.

Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano.

Processo de loucura e obsessão: As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”.

Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.

Esse processo sutil de aliciamento, esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.

Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apóstolo da caridade no Brasil”.

Fonte: Revista Visão Espírita

O QUE O ESPIRITISMO DIZ SOBRE O CARNAVAL


Nessa época do ano é muito freqüente a pergunta: “o que o Espiritismo acha desta festa popular?” Na verdade o Espiritismo significa o estudo do Espírito e por conseqüência a sua relação com o meio, inúmeros temas do nosso cotidiano não foram abordados diretamente por Kardec, até mesmo pela inexistência dos mesmos na época da codificação, no entanto, sabendo que o conhecimento e os costumes não param o próprio Kardec anteviu que outros conceitos se formariam. Estes conceitos podem ser chamados de espíritas quando vão de encontro às bases da codificação.

Em relação aos temas polêmicos haverá sempre o não entendimento da essência espírita e por isso haverá opiniões divergentes. Vamos colocar alguns pontos para que se possa refletir sobre o período que passou.

O Carnaval tem sua origem nas festas do antigo Egito em devoção ao deus Osíris. Festas periódicas que também ocorriam na Grécia e Roma. Na versão mais moderna o Carnaval se consolidou com a festa que antecedia 40 dias da quaresma - um período em que era comum o jejum e adoração aos deuses. Carnaval significa: “carne pode” se estendesse para gula pode, música pode, sexo pode, dança pode, enfim aos prazeres da “carne”, entendido por Kardec como os prazeres do Espírito numa condição inferior.

Cada nação tinha a característica mais marcante. No Brasil o Carnaval chegou em 1641 - foi uma semana de comemoração a D. João VI e pouco a pouco a comemoração anual foi se consolidando no calendário. Muitos anos se passaram os conceitos religiosos mudaram, a civilização é dominante, as regras sociais avançaram, mas a expressão “tudo pode” ainda se adequa perfeitamente a esta festa no nosso país.

Assim como antes, o Carnaval ganha características regionais, ritmos variados, expressões distintas, no entanto os ingredientes que compõem esta época, dita tão alegre, são os mesmos: exibição de corpos que impressionam fortemente os impulsos humanos, porque não dizer impulsos animais, a sedução é temática constante, a exposição do magnífico corpo humano a situações extremas de resistência, a ilusão da riqueza, do poder e do luxo. O alcoolismo, o tabagismo, as drogas ilícitas completam o tempero - parece que todos podem se entregar aos prazeres freados pela sociedade durante os outros 360 dias do ano. Ainda há aqueles que adiam ou esquecem seus problemas, afinal é Carnaval - o comércio para, a indústria para, a escola para, até alguns Centros Espíritas param, para que os foliões satisfaçam a sede do prazer.

O Espiritismo esclarece que o pensamento altera o meio, atrai pensamentos semelhantes. Por que o Espiritismo será a base da mudança no planeta? - porque promoverá uma silenciosa revolução na humanidade - a revolução do amor - despertará os valores morais estimulando, levando pessoas a pensarem com otimismo, com tolerância, com amor e assim mudaremos a atmosfera, ela ficará suave como é a nossa constituição íntima. Agora podemos imaginar como fica esta atmosfera quando milhões e milhões de pessoas estão sintonizadas na sedução, sexo desvairado, e todos outros fatores que relatamos.

A televisão se rende e leva as festas carnavalescas como ponto alto em sua programação influenciando, ainda mais, as mentes invigilantes. Até as campanhas bem intencionadas contribuem para esta realidade - os adolescentes e todos escutam que no Carnaval todos devem usar camisinha - mostre que você cresceu - qual a mensagem que fica retida na frágil imaginação? no Carnaval está liberado? A tônica faz que muitos sintonizem nas vibrações grosseiras oferecendo campo para a aproximação e ligação com Espíritos sedutores e mal intencionados. Como esquecer de uma das lições da coleção André Luiz, em que o autor descreve a migração de falange de Espíritos trevosos, mais parecendo sombras se aproximarem das cidades brasileiras em um carnaval? Como diz André Luiz o ar fica irrespirável.

Dadas estas considerações o que podemos concluir é o que o Espiritismo acha do Carnaval? Não acha nada - esclarece quais são as conseqüências dos atos, deixando para nós escolhermos os caminhos.

Alguém convida para um baile. Pode ser perguntado - o que vou encontrar num baile, como estará o ambiente? E para sentirmos o que isto pode significar vamos trazer para impressões visuais e comparar. Se alguém diz tem uma árvore muito boa em um bairro tal. O fruto dela é delicioso. Sabendo que neste bairro há criminosos, que há grupos de drogados, há prostituição você iria para esse bairro mesmo se sua intenção era só pegar a fruta? Se arriscaria para pegar algo tão inofensivo? Pois bem, nos bailes de Carnaval não há como não ter a presença de Espíritos encarnados e desencarnados com mentes muito poluídas, transformando um ambiente asfixiante para aquele que já passou a sentir o ar do equilíbrio. Há alguns que dizem: participei das festas para dar meu testemunho, numa técnica muito comum, a da justificativa para os atos. Testemunho para que? Para quem está alcoolizado, para os interessados no sexo irresponsável, para os que querem e são autorizados a satisfazer suas paixões mais intrínsecas? Ao se sentir atraído por uma festa assim cabe um momento para pensar: quais são as verdadeiras intenções? O que se está buscando na realidade?

É claro que há o outro lado também. Há uma lição belíssima no “Evangelho Segundo o Espiritismo” chamada o homem no mundo, do autor autonomeado “um Espírito protetor”, nos lembra que fomos chamados a entrar em contato com Espíritos de natureza diferentes, que o enclausuramento não é medida de evolução.

Haverá situações em que festas, badalações estarão presentes e a negação constante impedirá o convívio com aqueles que se relacionam. Há festa de carnaval menos agressivas, e sempre valerá a análise da situação.

Recordemos o último parágrafo: é importante não ferir qualquer pessoa, incluindo constrangimento. Outro ponto para refletir é: o que elegemos os fatores que caracterizam a felicidade, O que eu preciso fazer para ser feliz. Quanto mais grosseiros são estes fatores maior o trabalho no caminho da conquista interior. Para concluir lembramos como o planeta já está em processo de mudança, há muitas pessoas que aproveitam este feriado para promover encontros como a CONRESPI. Estes encontros e os trabalhos nos Centros oferecem material humano necessários para as atividades dos Espíritos Superiores numa época tão atribulada.


PEDRO HERBERT C. ONOFRE , de Ribeirão Preto, SP

EMMANUEL FALA SOBRE O CARNAVAL


Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida,se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização.

Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual,a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam:

* Os leprosos,
* Os cegos,
* As crianças abandonadas,
* As mães aflitas e sofredoras.

Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem?

Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.

- Emmanuel -

[Chico Xavier em Julho de 1939]

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

GRUPO DE ESTUDO “PRINCIPIANTE ESPÍRITA”

CONVITE


CONVIDAMOS A TODOS PARA INGRESSAREM AO NOVO GRUPO DE ESTUDO “PRINCIPIANTE  ESPÍRITA” DO C. E. LAR DA CARIDADE.

GRUPO DE ESTUDO “PRINCIPIANTE ESPÍRITA”


INÍCIO: 03 DE MARÇO (SÁBADO)


HORÁRIO: 17h50min ÀS 19h10min


DURAÇÃO DO CURSO: 5 MESES( ENCONTROS AOS SÁBADOS)


VAGAS LIMITADAS: 20 PESSOAS


OBS: ESTE GRUPO DE ESTUDO CONSTITUI REQUESITO PARA ENTRADA NO ESDE-ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA NO CELC.



Informações: Jesus Alencar

                    Aldenora Alencar

                   Duanne Holanda